A Universidade Estadual do Piauí (Uespi), por meio do projeto de extensão Universidade em Movimento, está promovendo cidadania, acesso à informação e fortalecimento dos direitos humanos em comunidades urbanas, rurais, quilombolas, indígenas e assentamentos da região de Piripiri. Coordenada pela professora Hilziane Brito, a iniciativa tem como objetivo aproximar o conhecimento jurídico da realidade concreta das pessoas, democratizando o saber jurídico e promovendo a justiça social a partir de uma prática extensionista crítica.
O projeto rompe com a lógica de um direito distante e técnico, ao adotar uma abordagem dialógica, acessível e humanizada, levando assessoria jurídica popular por meio de rodas de conversa, oficinas, visitas de campo, atendimentos orientativos e atividades educativas coletivas. A proposta valoriza os saberes populares e parte da escuta ativa das comunidades.

“O conhecimento jurídico não deve ser um privilégio técnico, mas uma ferramenta de cidadania. O papel dos estudantes e docentes é o de construir pontes entre a teoria acadêmica e as vivências das comunidades”, afirma a professora Hilziane Brito.
Prioridade para populações em situação de vulnerabilidade
Em 2025, o projeto terá como foco prioritário as comunidades rurais, periféricas, populações quilombolas, povos indígenas, mães solo e mulheres vítimas de violência doméstica. A proposta é atuar junto a grupos historicamente afetados pela exclusão jurídica e por barreiras de acesso à informação e à justiça.
“O foco será construir um espaço de escuta e desenvolver ações que considerem as múltiplas formas de exclusão enfrentadas por essas populações, respeitando suas identidades e promovendo o reconhecimento de seus direitos”, reforça a coordenadora.
Universidade pública como agente de transformação social
Ao aproximar a universidade da população, o projeto reafirma o compromisso social da Uespi como instituição pública e promotora da justiça e da equidade. A extensão universitária, nesse contexto, cumpre papel estratégico ao conectar estudantes aos desafios concretos da prática jurídica, incentivando a formação de profissionais éticos, sensíveis e comprometidos com a transformação social.
“Projetos como este rompem os muros simbólicos entre a universidade e o povo. São ações que devolvem à sociedade o conhecimento produzido na academia, de forma acessível, responsável e transformadora”, conclui Hilziane Brito.
Fonte: Governo do Piauí