O projeto “Maria da Penha vai às Escolas”, promovido pela Secretaria das Mulheres do Piauí (Sempi) em parceria com a Associação das Escolas Famílias Agrícolas do Piauí (AEFAPI), beneficiou mais de 120 estudantes e profissionais da educação em seu primeiro mês de execução. A iniciativa visa fortalecer a rede de educadores e prevenir a violência contra meninas e mulheres nas zonas rurais, florestais e ribeirinhas do estado.
Em março, foram realizadas rodas de conversa com estudantes, além de encontros formativos com educadores e multiplicadores em duas instituições: a Escola Família Agrícola dos Cocais, que reuniu 70 estudantes e 25 profissionais, e a Escola Família Turismo (EFTUR), em Teresina, com 28 jovens participantes.
A metodologia do projeto inclui capacitações sobre a Lei Maria da Penha, a rede estadual de proteção e o uso da ferramenta pedagógica “Vamos”. Os participantes recebem materiais educativos para replicar o conhecimento em suas comunidades.
“Nosso objetivo é formar 200 multiplicadores nas Escolas Famílias do estado. A educação é o principal instrumento para desconstruir o machismo estrutural e combater a violência de gênero”, afirmou a secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa.
Além das EFAs, o projeto alcançou outras instituições como o Colégio Técnico da UFPI (CTT), onde foi realizada uma roda de conversa com 16 estudantes sobre os tipos de violência doméstica previstos na legislação brasileira.
A formação virtual promovida pela Sempi também teve grande participação: mais de 60 educadores de todo o estado participaram do primeiro encontro online em março. A próxima etapa está marcada para agosto, quando 25 multiplicadores de 18 escolas receberão capacitação especializada.


Semana Escolar de Combate à Violência contra a MulherA ação fez parte da Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, instituída pela Lei Federal 14.164/2021, que foi acompanhada pela Sempi em 19 instituições de 10 municípios piauienses, entre eles: Cristino Castro, Buriti dos Montes, Eliseu Martins, Anísio de Abreu, Dom Inocêncio, Ilha Grande, São Félix e Guadalupe.

“Nossa meta é avançar com ações contínuas. Março é simbólico, mas o compromisso com o enfrentamento à violência é permanente. Só assim vamos chegar ao feminicídio zero”, concluiu Zenaide.