Com investimento de R$ 6 milhões, projeto levará água potável a famílias em situação de vulnerabilidade no semiárido piauiense
O Programa Água Doce, coordenado no Piauí pela Secretaria de Defesa Agropecuária (Sada), deu início à construção de sistemas de abastecimento de água em 10 municípios que enfrentam situação de emergência devido à seca. A ação visa garantir água potável de qualidade para o consumo de famílias em áreas historicamente afetadas pela escassez hídrica.
Os municípios beneficiados nesta fase incluem São Julião, Acauã, São Francisco de Assis, Campo Alegre do Fidalgo, Capitão Gervásio Oliveira, Jurema, Anísio de Abreu, Caldeirão Grande do Piauí, Pio IX e Simões — nestes três últimos, as obras já estão em andamento.

Água potável onde antes só havia água salobra
Com um investimento de R$ 6 milhões, oriundos do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), os novos sistemas trarão alívio a comunidades que convivem com água salobra ou sem acesso regular ao recurso. Os equipamentos permitirão a dessalinização da água subterrânea, tornando-a própria para o consumo humano.
Segundo o secretário da Sada, Fábio Abreu, a expectativa é de ampliar ainda mais o número de cidades contempladas. “Estamos em diálogo com o governo federal para tentar incluir novos municípios, mas os 20 novos sistemas já estão garantidos”, destacou.
Mais de 60 sistemas já em operação
Atualmente, 64 sistemas de abastecimento do programa já estão em funcionamento em quase 20 cidades do semiárido piauiense. Essas estruturas são fundamentais para combater os efeitos da seca e melhorar a qualidade de vida de populações em situação de vulnerabilidade, especialmente nos períodos mais críticos do ano.
Sustentabilidade e dignidade para o semiárido
O Programa Água Doce vai além da entrega de água potável. Ele promove uma gestão sustentável dos recursos hídricos subterrâneos, estimula a participação social, protege o meio ambiente e fortalece a resiliência das comunidades do semiárido.
A implantação dos sistemas de dessalinização representa um avanço importante na política pública de acesso à água no Brasil, conectando inovação tecnológica, inclusão social e desenvolvimento sustentável.