Estado se destaca com queda de 74% no desmatamento ilegal e meta de plantar 1 milhão de mudas em 2025.
No Dia da Árvore, celebrado neste domingo (21), o Piauí mostra ao Brasil que preservar não é apenas uma escolha, mas uma necessidade urgente e um caminho de futuro. O estado abriga uma flora rica e resiliente, adaptada a diferentes biomas: caatinga, cerrado, mata atlântica e a singular mata dos cocais.
São 56 espécies arbóreas nativas com potencial apícola, distribuídas em 18 famílias botânicas. Entre elas, árvores que carregam símbolos e histórias: o caneleiro, marca de Teresina; o juazeiro, guardião resistente do semiárido; o babaçu, que sustenta milhares de famílias; e o cajueiro, tão presente na vida e na economia do Piauí. Sem falar nos ipês, que colorem ruas e avenidas do estado.
Política pública e resultados concretos
A preservação não se resume à biodiversidade: também é fruto de políticas públicas consistentes. Entre 2022 e 2025, o desmatamento ilegal caiu 74%, resultado alcançado com monitoramento por satélite, fiscalização rigorosa e processos digitais que modernizaram a gestão ambiental.
A gerente de gestão florestal da Semarh, Anna Ester, ressalta a importância desse avanço:
“Não estamos falando de números frios. Cada hectare preservado significa mais água, mais sombra, mais alimento para a fauna, mais vida. Essa redução só foi possível porque o estado assumiu a proteção da floresta como prioridade”, destacou.

Foto: Paulo Barros
ProVerde: plantar futuro
Além de preservar, o desafio é recuperar áreas degradadas. Essa é a missão do Programa ProVerde Piauí. Em 2024, foram distribuídas quase 880 mil mudas; em 2025, a meta é chegar a 1 milhão. O projeto já alcança mais da metade dos municípios e busca atingir 100% do território estadual.
O secretário da Semarh, Feliphe Araújo, resume o espírito da iniciativa:
“Plantar árvores é plantar futuro. O ProVerde é mais do que reflorestamento, é um movimento que une escolas, comunidades e cidades inteiras em torno de um mesmo objetivo: regenerar o que foi perdido e garantir qualidade de vida para as próximas gerações.”
Segundo ele, a meta é ambiciosa: distribuir mais de 4 milhões de mudas frutíferas e nativas até 2026.
Natureza como aliada
No semiárido, a força da natureza surpreende: 67% das espécies nativas florescem durante a seca, sustentando as abelhas responsáveis pela polinização e, consequentemente, pela produção de alimentos. Um equilíbrio natural que ensina resiliência em meio às adversidades.
O Piauí já é reconhecido nacionalmente. O estado preserva uma das maiores áreas de Mata Atlântica em estágio avançado de conservação e exerce papel estratégico na proteção do cerrado, bioma essencial para o clima e os recursos hídricos, mas também um dos mais ameaçados do Brasil.

O futuro que se planta hoje
As metas do estado são ousadas: reduzir ainda mais o desmatamento ilegal, ampliar o reflorestamento e consolidar corredores ecológicos que conectem áreas de preservação.
Neste Dia da Árvore, o recado é claro: não há futuro sem floresta. O Piauí mostra ao Brasil que preservar é possível, regenerar é urgente e conviver com a natureza é a única forma de garantir prosperidade para todos.
Fonte: Governo do Piauí