O presidente da Finep informou que R$ 300 milhões em subvenção econômica serão oficializados até o fim deste ano, destinados diretamente a setores estratégicos do Nordeste
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, representado pelo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Luiz Antônio Elias, anunciou, nesta segunda-feira (01), durante a Assembleia Geral do Consórcio Nordeste, em Teresina, um pacote de subvenções econômicas que totaliza R$ 500 milhões para setores estratégicos da região, além da previsão de R$ 22 bilhões em investimentos na agenda nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação nos próximos anos.
No detalhamento das ações, o presidente da Finep informou que R$ 300 milhões em subvenção econômica serão oficializados até o fim deste ano, destinados diretamente a setores estratégicos do Nordeste. Além disso, anunciou uma segunda subvenção, no valor de R$ 200 milhões, voltada às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com foco em minerais estratégicos, abrangendo mineração urbana, minerais críticos, transição energética, tecnologias sustentáveis para a mineração, descarbonização e parcerias obrigatórias com instituições científicas.
Em nome da ministra Luciana Santos, o gestor ainda anunciou que a agenda de Ciência, Tecnologia e Inovação contará com R$ 22 bilhões em investimentos ao longo dos próximos anos, recursos que reforçam o protagonismo do Nordeste e do Piauí na expansão de novos polos de desenvolvimento tecnológico.
Os anúncios foram feitos na Assembleia Geral do Consórcio Nordeste, em Teresina, durante a apresentação dos resultados finais da Chamada Pública Nordeste, que selecionou 189 projetos e garantiu R$ 113 bilhões em financiamentos, incluindo 17 propostas piauienses, que somam R$ 10,9 bilhões. A iniciativa marca o maior impulso recente à industrialização do Nordeste e reforça uma estratégia conjunta de apoio a setores estratégicos e estruturantes. A iniciativa conta com uma série de investimentos bilionários destinados ao desenvolvimento da região e do Piauí.
O presidente Luiz Antônio Elias avaliou que a chamada representa um marco para as políticas públicas de inovação no Nordeste, reforçando a competitividade e reduzindo assimetrias históricas. “É a demonstração de que, quando articulamos instituições, ciência e setor produtivo, construímos as bases de um desenvolvimento sustentável e socialmente justo. A Finep contará com seus mais diversos instrumentos para apoiar as 189 empresas aprovadas. E, de forma inédita, teremos recursos de subvenção econômica de caráter exclusivamente regional. Recursos não reembolsáveis para que o Estado compartilhe o risco da inovação com o setor privado”, pontuou.
Principais instituições financeiras anunciam investimentos
Além da Finep, outras instituições anunciaram investimentos via Chamada Pública Nordeste. A iniciativa é fruto de uma articulação conjunta entre Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e Banco do Nordeste, além do alinhamento com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o Nordeste voltou a ser prioridade no Governo Federal, com aumento de 32% nos recursos destinados à região. “O BNDES está fazendo, em conjunto com as instituições parceiras e o Consórcio do Nordeste, uma entrega extraordinária. No governo do presidente Lula, o Nordeste voltou a ser prioridade, porque tem propostas, desenvolvimento, e precisa ser tratado com a dignidade que não teve em governos anteriores. Essa chamada é um marco para o Nordeste e vai significar um salto de desenvolvimento e de oportunidades”, disse.
O presidente do Banco do Nordeste, Wagner Rocha, destacou que é compromisso da instituição apoiar o desenvolvimento regional e ampliar investimentos em todas as cadeias produtivas. “Estar neste momento com o Consórcio Nordeste é a prova da nossa identidade, participando de forma efetiva do desenvolvimento dessas regiões. Só nos últimos dois anos, até outubro deste ano, nós já colocamos na economia nordestina mais de R$ 170 bilhões. Isso alcança todas as atividades produtivas e sociais, do microempreendedor ao grande empreendedor”, frisou.
O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, destacou que o resultado da chamada reflete a integração das instituições federais que atuam na região. “A reativação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (CORIFF), conduzida pela Sudene, permitiu reunir os principais atores financeiros do Governo Federal em torno de uma agenda integrada. Essa governança renovada tornou possível alinhar instrumentos, antecipar oportunidades e posicionar o Nordeste como protagonista de uma nova fase da indústria brasileira”, ressaltou.
O superintendente nacional de Governo da Caixa, Flávio Gavazza, ressaltou que a instituição participa da chamada para financiar projetos capazes de gerar emprego e renda no Nordeste. “A Caixa Econômica Federal tem uma série de ações para transformar a vida das pessoas. E, agora, a Caixa também está entrando na Chamada Nordeste. Nós temos uma carteira de projetos pré-selecionados, financiáveis, que atendem às diretrizes da chamada pública. Esses projetos vão gerar emprego e renda no Nordeste, com muito potencial de desenvolvimento e transformação”, finalizou.
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Fonte: Governo do Piauí